A universidade prevê funcionamento apenas até outubro de 2025
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulgou, nesta quinta-feira (13), um panorama preocupante sobre sua situação financeira para o próximo ano. Com um déficit estimado em R$ 37 milhões, a instituição prevê que os recursos disponíveis serão suficientes apenas para manter suas atividades até outubro de 2025. O reitor Irineu Manoel de Souza detalhou os desafios durante coletiva de imprensa, destacando a necessidade de apoio do governo federal e de políticos para garantir a continuidade das operações.
Cenário atual e medidas de contenção
Desde o início de 2025, a UFSC já acumula um prejuízo de R$ 12,4 milhões, mesmo após a implementação de medidas de economia, como a redução de serviços terceirizados. O reitor afirmou que a universidade está adotando ações para minimizar os impactos, sem recorrer a demissões neste primeiro momento.
Entre as medidas estão a redução de viagens, cortes em passagens e a limitação de gastos em atividades administrativas.”Estamos desenvolvendo ações para reduzir custos, mas que não impliquem demissões neste estágio.
Reduzimos viagens, passagens e outros gastos administrativos”, explicou Souza. No entanto, ele reconheceu que essas medidas não serão suficientes para cobrir o déficit total. Orçamento insuficiente e busca por apoio político. O orçamento previsto para 2025, que inclui custeio e verbas para investimentos, é de aproximadamente R$ 170 milhões, valor significativamente inferior aos R$ 207 milhões necessários para garantir o pleno funcionamento da instituição.
O reitor destacou que a reposição dos R$ 37 milhões faltantes é uma tarefa difícil, mas a universidade está empenhada em buscar apoio político e econômico para amenizar as perdas.”É complicado obter essa reposição, mas estamos trabalhando com economia de custos e buscando apoio em Brasília para evitar cortes mais drásticos”, afirmou Souza.
A UFSC espera contar com o engajamento da bancada catarinense e do governo federal para garantir a sobrevivência da instituição. Impactos no ensino e na pesquisa**A situação financeira da UFSC preocupa não apenas a administração da universidade, mas também estudantes, professores e pesquisadores. A possível interrupção das atividades a partir de outubro pode afetar projetos de pesquisa, programas de extensão e o calendário acadêmico. A comunidade universitária aguarda com expectativa a resposta do governo federal e a definição de medidas concretas para evitar um colapso nas operações da instituição.Enquanto isso, a UFSC segue buscando alternativas para manter suas portas abertas e garantir a continuidade de seu papel fundamental no desenvolvimento educacional e científico de Santa Catarina.