EUA intensificam pressão sobre Irã e Houthis em meio a escalada militar.
Nesta segunda-feira (17), os Estados Unidos realizaram novos ataques aéreos contra alvos dos Houthis no Iêmen, em uma operação militar ordenada pelo presidente Donald Trump.
Em um post na rede social Truth Social, Trump acusou o Irã de estar por trás dos ataques do grupo rebelde e afirmou que o país sofrerá “consequências terríveis” por suas ações.
O presidente americano criticou o governo iraniano por se apresentar como “vítima inocente” e negou que o Irã tenha perdido o controle sobre os Houthis.
“Eles ditam cada movimento, fornecendo armas, dinheiro, equipamento militar sofisticado e até inteligência. Cada tiro disparado pelos Houthis será visto como um tiro do Irã, e eles serão responsabilizados”, escreveu Trump.
Contexto da tensão entre EUA e Irã
Os ataques aéreos fazem parte de uma estratégia de “pressão máxima” adotada por Trump desde o início de seu segundo mandato. O objetivo é forçar o Irã a negociar sobre seu programa nuclear, que o país insiste ser pacífico. O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, já negou repetidamente as acusações de produção de armas nucleares e classificou os apelos de Trump como uma “enganação”.
A operação no Iêmen é a maior ação militar dos EUA no Oriente Médio desde o retorno de Trump à Casa Branca. O número de mortes causadas pelos bombardeios já chegou a 53, segundo fontes locais. A investida também aumenta a pressão sobre os Houthis, grupo aliado ao Irã, para interromper ataques a navios cargueiros no Mar Vermelho, uma rota crucial para o comércio global.
Reação dos EUA e possíveis desdobramentos
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, reforçou o tom de firmeza em entrevista à Fox News no domingo (16). Ele afirmou que a ação militar será “implacável” e só terminará quando os Houthis se desmobilizarem completamente. “Trata-se de garantir a liberdade de navegação no Mar Vermelho, um interesse nacional central dos Estados Unidos. O Irã capacitou os Houthis por tempo demais. É melhor eles recuarem”, declarou.
Segundo um oficial americano ouvido pela Reuters, os ataques no Iêmen podem continuar por semanas, indicando que a escalada militar deve se prolongar. Enquanto isso, a tensão entre EUA e Irã segue em alta, com o risco de novos confrontos no horizonte.
Fonte: G1
